Hoje encontrei uma velha amiga de infância e conversamos bastante e foi tão bom revê-la que algo aqui dentro de mim alegrou-se mais um pouco. Matamos a saudades, falamos das nossas vidas e como estamos nos sentindo ao saber que logo terminaremos o ensino médio e nos distanciaremos de nossos amigos. O assunto em pauta foi mudança. Falamos de como foi boa a época em estudávamos juntas e falamos de como todos nós mudamos de lá pra cá. Teve gente que sumiu do mapa e nunca mais ouvi falar, tem gente que convive comigo, mas não é a mesma coisa de sempre. E tem aquelas pessoas que mesmo o tempo tendo passado e muita coisa mudado continua a mesma de antes. Bom ela disse que eu sou assim continuo sorrindo com os olhos e torto e continuo a mesma falastrona de sempre que gosta de abraçar o mundo e fazer carinho nos bichinhos da rua. Entendi que ela quis dizer que mudei fisicamente, claro. Meu cabelo tá maior e alisado, aprendi a gostar de usar bolsa e subo e desço de rímel e ando mais nervosa do que antes. Mas continuo gostando de bater um papo de vez em quando e falar sobre a vida e sentimentos. Simplicidade se tornou alvo das histórias contadas na manhã de hoje e sentíamos falta desse sentimento em várias pessoas. Teve um garoto que estudamos que ele era daquele tipo: LINDO de viver. Entende? E ele era do tipo que ignorava todas as meninas e se achava melhor do que todos e essa minha amiga apaixonada por ele e eu não entendia o porquê daquele sentimento, eu só via um sorriso bonito e um corpo exuberante e só isso e ela dizia ” ah, aquele sorriso me derrete.”, ” ah, aquele corpão chama mais minha atenção do que o sinal vermelho do trânsito” e eu dizia “ok, te entendo“, mas eu nunca entendi o sentido daquele sentimento tão vago. Mas nunca julguei, era sentimento então tudo bem. Ela mudou deixou de apaixonar apenas pela estética e aprendeu a valorizar aquele essência que nunca muda, que vive dentro do ser humano sempre. Hoje vi que aquela época era boa, mas a que vivo hoje é maravilhosa e não troco por nada nesse mundo. Deu a hora de ir embora eu me levantei e ela fez uma carinha de saudade que deu um aperto no coração, me despedi, me desculpei por não demorar mais e abracei ela e o abraço foi devolvido na mesma intensidade e se tem uma coisa que não muda no mundo é quando dois corações se encontram em um abraço se juntam no ritmo e alegram a vida.